Que atmosfera modificada utilizar para a conservação de produtos lácteos?

A embalagem em atmosfera protetora aplica-se a uma grande variedade de alimentos, desde a carne ao peixe, passando pela fruta e legumes e produtos lácteos. Mas como escolher a melhor atmosfera?

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O mundo dos produtos lácteos é rico numa grande variedade de produtos com composições muito diferentes, desde sobremesas lácteas a leite em pó, passando por uma grande variedade de tipos de queijo. Adotar a melhor atmosfera protetora é a garantia de obter o prazo de validade desejado, preservar as suas características originais e beneficiar de uma embalagem apelativa.
 

Descubra neste artigo como os gases alimentares, como o azoto (N2) e o dióxido de carbono (CO2), afetam a conservação dos queijos e produtos lácteos.

Tem alguma dúvida sobre a atmosfera modificada para a conservação de queijos e produtos lácteos?

Em que consiste o acondicionamento em atmosfera modificada?

Os produtos alimentares pré-embalados e prontos a utilizar estão na moda. Respondem às expetativas dos consumidores em termos de facilidade de utilização, mas também de novos formatos e conceitos inovadores.
O acondicionamento em atmosfera protetora (MAP) tem como objetivo eliminar ou reduzir a degradação física, enzimática e microbiana que altera os alimentos. Trata-se de substituir o ar que envolve um produto por uma atmosfera adequada, com o objetivo de aumentar o seu prazo de validade (para uma maior vida útil dos alimentos). 
Embalados em condições ideais, à temperatura certa, conservam todas as suas qualidades (frescura, cor, sabor). O processo permite também reduzir a quantidade de conservantes químicos utilizados.

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Que parâmetros influenciam a conservação dos produtos lácteos?

A utilização de um acondicionamento adequado ajuda a conservar o queijo e os produtos lácteos. Alguns dos principais aspetos que permite controlar são:

  • as perdas de massa devidas a fenómenos de desidratação,
  • as alterações de cor devidas a fenómenos microbianos, bioquímicos e enzimáticos, 
  • as deteriorações devido ao crescimento microbiano indesejável (alteração do sabor).

Vários parâmetros associados à composição de um produto têm um impacto no seu prazo de validade. No caso dos produtos lácteos, há que ter em conta, nomeadamente, o teor de água do produto (aw - atividade da água), que favorece o desenvolvimento de microrganismos, e o teor de gordura, que é sensível à oxidação.

O azoto é assim utilizado para substituir o oxigénio do ar e evitar as reações de oxidação, responsáveis pelo sabor rançoso.
O dióxido de carbono é utilizado para abrandar o crescimento de bolores e bactérias. Diz-se que tem um efeito bacteriostático e fungistático. É utilizado misturado com o azoto para o efeito de inertização. 
São possíveis várias atmosferas, consoante a composição do produto, a sua higiene inicial e o período de armazenamento pretendido.

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Tem alguma dúvida sobre a atmosfera modificada para a conservação de queijos e produtos lácteos?

Que atmosferas escolher para acondicionar os produtos lácteos?

  • Queijos do tipo pasta prensada cozida: Emmental, Gruyère

São produtos com um teor de água inferior a 40%, praticamente inertes, mas ricos em gordura.
Durante o armazenamento, existe o risco de desenvolvimento de bolor. O dióxido de carbono deve ser utilizado puro ou misturado com azoto, numa proporção que depende do teor de humidade e da flora microbiana presente no queijo.

Recomendações dos nossos especialistas:

  • Queijo ralado: mistura 20% CO2 / 80% N2, ALIGAL™ 12.
  • Queijos em porções: atmosfera com um elevado teor de CO2 (100%) para obter uma embalagem bem revestida, ALIGAL™ 2.

 

  • Queijos do tipo pasta prensada não cozida: Edam, Cheddar, Gouda, Tomme de Savoie, Reblochon, Cantal…

São produtos com um teor de água inferior a 50%, praticamente inertes, mas também ricos em gordura.
Deve ser utilizada uma mistura gasosa N2/CO2 para inibir o crescimento microbiano e a rancidez por oxidação. Limitamos o teor de CO2 dos produtos ricos em água para evitar sabores ácidos.

Recomendações dos nossos especialistas:

  • mistura 20% CO2 / 80% N2, ALIGAL™ 12.

 

  • Queijos do tipo pasta azul Gorgonzola, queijos azuis, Roquefort

Os queijos de pasta azul são queijos curados ligeiramente salgados, cujo interior é o centro do desenvolvimento de Pénicillium (um bolor azul). Têm um teor de humidade intermédio (teor de água entre 40 e 50%) e são ricos em gordura.
Deve ser utilizado apenas azoto ou uma mistura gasosa N2/CO2 com um baixo teor de CO2, de modo a não ter um impacto demasiado grande na ação do bolor.

Recomendações dos nossos especialistas:

  • mistura 20% CO2 / 80% N2, ALIGAL™ 12.

 

  • Queijos frescos tipo Tartare

Estes produtos são muito ricos em água (mais de 50%) e gordura. São particularmente sensíveis à oxidação (rancidez) e ao desenvolvimento de bolores e leveduras.

Recomendações dos nossos especialistas:

  • Deve ser utilizada uma mistura gasosa, 20% CO2 / 80% N2, ALIGAL™ 12, para inibir o crescimento microbiano e a rancidez por oxidação.
  • Se a decomposição do CO2 no produto produzir um sabor ácido desagradável, utilizar apenas o azoto, ALIGAL™ 1.

 

  • Leite em pó

São produtos secos ou desidratados, particularmente sensíveis à oxidação (rancidez).
A eliminação do oxigénio do ar e a sua substituição por azoto (um gás inerte) é necessária para evitar a oxidação das gorduras.

Recomendações dos nossos especialistas:

  • Azoto alimentar, ALIGAL™ 1.

 

  • Sobremesas lácteas, cremes e iogurtes

Estes produtos são muito ricos em água. Para limitar o desenvolvimento de microrganismos, deve ser utilizado dióxido de carbono na atmosfera. Dito isto, o CO2 dissolve-se na água e nas gorduras e pode ser responsável por um ligeiro sabor picante. Neste caso, apenas é utilizado azoto.

Recomendações dos nossos especialistas:

  • Azoto alimentar, ALIGAL™ 1.

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